Friday, August 14, 2015

Friday, August 07, 2015

Wednesday, August 05, 2015

O dia em que abdiquei de "querer ter razão"




"Ensaio sobre a razão"
Técnica mista sobre MDF (100x100x4cm)


Não foi há muito tempo que abdiquei de "querer ter razão" - seja no que for, trate-se do que se tratar.

Mantenho, no entanto, uma destrinça basilar entre "querer ter razão" e "ter razão" - efectivamente.

Não pretendo, neste texto, "filosofar" sobre a Razão. Já o fiz antes...

Cheguei à conclusão que "querer ter razão" é uma "seca"... É desgastante, enfadonho e não leva a lado nenhum.

Seja lá o que for essa coisa da "Razão", acredito que só o Tempo tem o "Saber" e a Equidistância para a outorgar.

Com efeito, desde esse dia - o dia em que abdiquei de querer ter razão - já não me importa ter razão em coisa nenhuma.

A minha vida tornou-se substancialmente mais simples...

Adoptei uma estratégia tão elementar como infalível: Perante qualquer situação, mais ou menos litigiosa, "ofereço de barato" a dita "Razão" à outra parte...

"Tem razão!..."

Duas palavras apenas...

"Vai à merda!" corresponde ao mesmo, mas é substancialmente mais complicado e acarreta consequências imprevisíveis...

Chamem-me, portanto, "hipócrita", "cínico" ou o que muito bem entenderem.

Direi apenas: "Tem razão!"...




Gonçalo Afonso Dias,

Cascais, 05 de Agosto de 2015


Monday, August 03, 2015

O "Observador" míope ou o estado miserável do jornalismo em Portugal.



Começo com uma "Declaração de Princípios": Não estou "mandatado" nem autorizado pelo Dr. Álvaro Sobrinho (AS), meu cunhado, para quaisquer tipos de intervenções públicas em defesa do seu Bom Nome. Desconfio mesmo que aquilo que se segue não será do seu agrado. Contudo, direi sempre, quando entender, aquilo que penso, assumindo naturalmente as devidas responsabilidades.

Por razões que têm a ver com as nossas vidas pessoais não vejo nem falo com (AS) desde finais de 2014.

"Extinta" a minha relação profissional com o Banco Espírito Santo de Angola (BESA) - uma relação séria e produtiva que durou quase uma década - em 2013, por razões sobejamente conhecidas - (O BESA "afundou-se" com o BES e passou a ser "tóxico"...) os meus contactos com essa instituição tornaram-se "tóxicos" também e eu, como sofro de asma desde os 9 meses de idade, decidi afastar-me de qualquer polémica com ele (o ex-BESA) relacionada, do mesmo modo que me decidi afastar de praticamente tudo aquilo que tenha a ver com as relações entre Portugal e Angola, as notícias ou as atoardas que com isso tenham a ver.

Para preservar o que resta da minha sanidade mental, deixei de ver notícias - na televisão ou nos jornais, fechei a minha conta no facebook e só não vendo as televisões cá de casa pelos meus filhos...

Passei a ouvir rádio, como antigamente... A "Rádio Marginal" ou a "TSF", por sinal.

Porém, de vez em quando, recebo no meu computador (através dos "alertas do google" que há muito activei) notícias relacionadas com as pessoas que me são próximas - a minha família. Isso importa-me e afecta-me.

Hoje, recebi esta... 

Devo dizer que já nada me surpreende neste país que caminha para a total irresponsabilidade - a todos os níveis - e onde se instalou uma espécie de "vale tudo para vender seja o que for - até a mãe...".

A total ausência de valores éticos e morais e a difamação gratuita institucionalizaram-se.

Esta notícia do "Observador" é um "exemplo acabado" daquilo que antes afirmei.

Bem sei que estamos em Agosto e que, neste período, há uma certa escassez de "assuntos que vendam"...

Como não há assuntos, "inventam-se"... Sem qualquer sentido de responsabilidade e sem respeitar os princípios éticos e deontológicos a que o exercício do jornalismo - como tantos outros - está obrigado.

A notícia em causa "quer passar" a ideia de que o Dr. Álvaro Sobrinho, num kafkiano requinte de malvadez e vingança, comprou uma casa em frente à do seu "ex-patrão", agora  incompreensivelmente sujeito a medidas de prisão domiciliária tão extremas quanto ridículas) num gesto de "medição de forças", "ajuste de contas", ou de um infantil gozo de chegar à janela e acenar dizendo: " Tás aí meu sacana?! -  Eu estou aqui, à tua frente e até estou a fazer obras na casa para te "meter nojo"...

Se a notícia não fosse tão triste e decadente, tão falsa e (porque não dizê-lo?...) repugnante, ainda "dava para rir... Mas não dá.

O artigo do "Observador Míope" alega ainda (que ingenuidade!) testemunhos de algo utópico - os vizinhos - sem contudo referir quem são... Uma espécie de "abstracção"...

Eu também tenho vizinhos "ilustres" e um deles até é ministro e, às vezes, vejo-o no "Meu Super" aqui ao pé de casa.

Por acaso também estou a fazer algumas obras. Portanto, segundo a lógica cretina do "Observador", se eu fosse um "notável", ter-me-ia mudado para a casa onde vivo há uns anos apenas para infernizar a vida desse ministro...

O que mais me impressiona neste "jornalismo de esterco" - desculpem a expressão - não é tanto a facilidade como editam notícias sem qualquer fundamento ou sem se terem dado ao trabalho (primário e obrigatório em "gente de bem") de investigar, de confirmar as ditas "fontes", de averiguar os factos. Parece sair tudo da "mesa da cozinha" depois de deglutida uma garrafa de "Muralhas" a acompanhar um prato de caracóis...

Para acabar, porque já estou a ficar com urticária - acontece-me sempre que me refiro ao "esterco", devo dizer duas coisas:

Desde logo conheço aquela casa há alguns anos - bastantes.

Depois, pergunto aos (aos) mentecaptos, autores da referida peça jornalística se não avaliaram as seguintes hipóteses teóricas:


1- Não estará o Dr. Álvaro Sobrinho a fazer obras na casa porque lhe apetece?

2- Não estará o Dr. Álvaro Sobrinho a fazer obras na casa porque está farto da "vizinhança"?...

3- Como homem de negócios que é não estará o Dr. Álvaro Sobrinho a valorizar o imóvel para eventualmente procurar uma atmosfera menos poluída?

Há! Pois!... Não pensaram nisso e a "coisa" pega-se"...





Ou, se calhar, até pensaram mas, coitados, têm de respeitar a "voz do dono" e os ditames do mercado...

Lamentável...

Deprimente, diria...

Para onde caminha este país onde parece haver uma séria e renhida disputa pela cretinice e pela mentira entre os políticos, os média e toda essa cambada de energúmenos iletrados, imberbes e inconscientes?







Gonçalo Afonso Dias,

Cascais, 03 De Agosto de 2015






Sunday, July 19, 2015

Sismo




Eu tremi, a minha cadeira tremeu, o elevador fez barulho... Achei que estava a "alucinar"...

Thursday, July 09, 2015

"Ser Bombeiro"


Há muito, muito tempo, era eu uma criança e sonhava ser Bombeiro.
Tinha (ainda tenho) um fascínio tão desmedido pelos "soldados da paz" que, um dia, peguei fogo à casa de banho da nossa casa no Lobito porque "queria lá ver os bombeiros!"...
Seguiu-se a merecida "pena"...: a minha mãe pregou-me um "susto" que nunca esquecerei...: na manhã seguinte, á hora de me levar à escola, disse-me para vestir a "estorricada" camisa de noite da minha irmã...
Estava "frito"!... A minha reputação de "rebelde" na Escola Primária Pedro Alexandrino da Cunha estava prestes a ser irremediavelmente arrasada... A chacota era o meu futuro!... Já não ia ser bombeiro - ia ser o "bombo da festa"...
Imperturbável perante as minhas súplicas e indiferente ao olhar dos empregados, a minha mãe levou a "encenação" quase até ao limite... O trajecto de carro até à escola foi a viagem mais agonizante da minha vida!

Já com a escola "à vista" e quando eu já achava que o mundo ia mesmo acabar, a minha mãe parou o seu Renault 10 vermelho escuro. Olhou para mim, disse-me (com certeza) algo de muito grave e sério e inverteu a marcha...
A lição ficou para a vida.
Depois, durante muito tempo, sempre que havia um incêndio nessa bela cidade da minha infância, o meu pai levava-me para assistir!
Uma medida concertada com a minha mãe, claro. Para além de pedagógica fazia-me muito feliz.
Deliciava-me com a actividade daqueles homens, com os carros enormes e com escadas em cima, com as mangueiras a dispararem água sobre as chamas...

Nunca mais deitei fogo a nada.
Não é bem verdade... Muitos anos depois, lá para a década de 80, já na "casa de Cascais" incendiei (desta vez sem querer...) a enorme chaminé da lareira da sala.
A lenha teimava em "pegar" e eu, persistente, ateava folhas de jornal a um ritmo alucinante...

Se no Lobito a "coisa" não chegou ao ponto de ser necessária a presença dos bombeiros, em Cascais foi mesmo... As labaredas saíam pela chaminé iluminando a fachada e o jardim e a sala mudou de cor...
É claro que não "fiquei de castigo" - já era crescido e assumi as consequências da minha enorme teimosia - pintei a sala do branco que ela era.

A minha vida seguiu o seu caminho e não cheguei a ser bombeiro. Fiz um curso industrial de Construção Civil na "Machado de Castro", em Lisboa e depois licenciei-me em arquitectura.
Contudo, a minha admiração pelos bombeiros e por tudo o que lhes diz respeito, manteve-se intacta. A primeira "grande prenda" que dei ao meu filho Tiago foi, nem mais nem menos" do que um gigantesco e completo "carro dos bombeiros"!

Há poucos anos, vivia eu em Santo Amaro de Oeiras, acordei de madrugada com o cheiro inconfundível de um incêndio. Estava a acontecer "ali mesmo"! Vesti qualquer coisa à pressa, peguei na câmara fotográfica e passei a manhã a assistir e a reportar o acontecimento.
Vi o fogo a consumir o telhado de uma moradia, vi os bombeiros a tentarem impedir que aquilo tomasse outras proporções e vi uma família desfeita pela dor... A causa do sinistro - uma senhora de idade que adormeceu de cigarro na boca...
Procurei consolar, sem qualquer sucesso, a família da senhora que, desolada, sentada no passeio frente à casa, assistia ao desmoronar de uma vida.
A água que eu via era, dessa vez, a que corria pela face daquela família.

É horrível "crescer"...
Em puto só via o magnífico espectáculo do fogo...

Curiosamente, detesto o "fogo-de-artifício" por mais requintado e complexo que seja.
Em festas ou nos"fins-de-ano".
Por ser "de artifício", por fazer barulho e por não precisar (em regra) da intervenção dos bombeiros.

Eu tenho dois amores


Eu tenho dois amores - como o "grande" Marco Paulo.
Uma é "vagamente loira", outra é muito morena...
Tenho dupla nacionalidade - sou português e sou angolano.
Mais do que uma burocrática dupla nacionalidade vivi intensamente com as duas - apaixonei-me.
Hoje, porém, não sei de qual delas gosto menos.


Entendo que o "ser", seja o que for, não é um estatuto, algo imutável.
Pelo contrário - "ser" tem para mim uma relação permanente e insofismável com "sentir".
E "não me sinto". Nem uma coisa nem outra, exactamente pela mesma razão - ambas me decepcionaram.
Ambas me "traíram" e traíram as mais profundas razões desse meu sentir.
Uma - a "loira"- disfarça, agora, com uma constrangedora dificuldade, as saudades do "outro" - O Dr. que caiu da cadeira...
A morena já nem disfarça... Deita-se com a arrogância, com os "novos-ricos", com a prepotência de uma geração de canalhas que a está a matar.
E ela parece gostar...
Já não disfarça. Mata também...

Reunião Plenária - Debate sobre o Estado da Nação



Reunião Plenária - Debate sobre o Estado da Nação

Foi hoje.
Ouvi grande parte "daquilo" enquanto fazia "coisas" menos deprimentes.


Ridículo, triste, vazio.
Penoso, mesmo.

Só gostei da parte em que o primeiro-ministro fez de "virgem ofendida"...

Imagine-se! Uma "puta velha" (com o devido respeito pelas putas - velhas ou não) "sentida", ao ser chamada (por um "cliente habitual insatisfeito") de "puta".

Já não há "Nação". Portanto, um debate sobre o "estado" de algo que já não existe era previsivelmente absurdo. E foi.

Foi, sobretudo, uma amostra do nível "rasca" da campanha eleitoral que aí vem.
Governo e Oposição esgrimiram argumentos, nos quais, nem um nem outro, acreditam.

São tão miseravelmente maus que se confundem e confundem os incautos.
Acabou, definitivamente, a geração de políticos (independentemente da cor) com nível, com carisma, com dignidade.
Prolifera agora uma praga de "putos e putas" estúpidos, ignorantes, inexperientes, sem "ponta por onde se lhes pegue"...

Conscientes de que nada valem - ganhem ou percam - limitam-se a tentar justificar os "tachos" - os deles e os das famílias.
"Picam o ponto" com a ligeireza característica dos imbecis, dos acéfalos.

Já "tanto me fazia"...
Há muito que já tinha decidido votar se me viessem pedir - a casa - com elegância, precedida de um "por favor"...
Estou-me, por outro lado, perfeitamente "nas tintas" para aqueles ingénuos argumentos do tipo: "Depois não te podes queixar" ou "pelo menos vota em branco, sempre é uma expressão do teu querer!"

Já "engoli os sapos" que tinha de engolir (o Mário Soares ainda me faz azia...).
Não gosto de Circo e sempre achei que os palhaços eram infelizes.

Recuso-me a escolher um "mal menor" ou a votar "contra não sei o quê"...

Disse.
Como "eles" gostam de dizer...
Depois de "bolsarem".

Saturday, June 27, 2015

Livre! Finalmente livre|


Gonçalo Afonso Dias



67 dias depois, duas cirurgias - uma "á frente, a outra "atrás", já sem o "fantasma" da terceira, tirei o "espartilho", arranquei os pensos e, "como vim ao mundo", tomei um interminável banho quente!

Ficaram as marcas de uma "guerra" que parecia não ter fim, um reforçado conhecimento da "espécie humana", mais de 10 kilos (que não fazem falta nenhuma!) e muitas dores - "daquelas da alma" - porque as outras não sinto) e uma enorme vontade de continuar a fazer "coisas"!

À minha mãe, Fernanda Seixas, que comigo esteve em todos os momentos
Ao meu pai que, "lá onde está", torceu sempre por mim. Eu sei.
Aos meus filhos, Tiago Dias e João Dias, porque moram no meu coração.
A todos os que, de algum modo, me ajudaram.
Aos "outros" também...

Gonçalo Afonso Dias, Cascais, 26 de Junho de 2015

Monday, June 08, 2015

LUA

Esta madrugada

Fotografia: Gonçalo Afonso Dias

Saturday, June 06, 2015

Thursday, June 04, 2015

Monday, June 01, 2015

Friday, May 22, 2015

A "artéria" de tinta acrílica branca e o "canito" do meu vizinho de baixo, que é bem giro, por sinal, e não tem culpa nenhuma de ter de conviver com aquele "coiso"!...



Fotografia: Gonçalo Afonso Dias, 22.05.2015


O MEU VIZINHO DE BAIXO




Não conhecia o meu vizinho de baixo.

Mudou-se "para cá" há dois meses.

Eu "já cá ando" há anos e nunca gostei de ir à varanda espreitar para ver que eram os "vizinhos de baixo" que estavam sempre a mudar... 

Diz o Sr. Chagas, que é o porteiro do prédio onde eu e o meu vizinho de baixo moramos, que "isto já parece um aparthotel" porque estão sempre a entrar e a sair vizinhos de baixo...

No outro dia, eu estava a trabalhar na minha varanda que dá para o terraço do meu vizinho de baixo.

Tinha enchido um maço de Marlboro "normal" com tinta acrílica branca e espessa com a intenção de aumentar o peso da base da "instalação", "manifesto", "coisa", o que quiserem, que já ando a fazer há muitos dias.

Desatento, deixei cair o maço cheio de tinta acrílica branca e espessa no terraço do meu vizinho de baixo.

"Explodiu" e a tinta criou uma espécie de artéria de largura variável. Até ficou giro...

Ainda era cedo e ele devia estar a dormir porque, preocupado, fartei-me de chamar por alguém que lá morasse: " Ó se faz favor?!!!","Ó se faz favor?!!! Repeti inúmeras vezes, cada vez mais alto.

Ninguém apareceu excepto o "canito" do meu vizinho que, por sinal é bem engraçado e engraçou com aquela coisa que lá caiu...

Falei com ele, com o "canito" e disse-lhe para não lamber aquilo porque apesar de ser acrílico aquoso ele podia ficar viciado.

Muito tempo depois, já o acrílico estava mais do que seco, ouvi, lá de baixo, uma voz antipática que disse coisas mas eu só percebi a palavra "Marlboro".

Percebi outra coisa pelo tom dessa voz - "aquilo" era "casca-grossa"...

Hesitei. Entre ficar "caladinho", porque percebi que "aquilo" era "casca-grossa", e porque se nada dissesse nunca ele iria descobrir porque tem mais 15 andares com vizinhos em cima, ou, fazer como os meus pais me educaram e, mesmo já tendo percebido sem o ver, que não devia sair dali coisa boa, abeirar-me do corrimão da minha varanda e diizer: "ó, se faz favor!"

Foi assim que vi pela primeira vez o meu vizinho de baixo e não gostei nada do que vi.
O tipo parecia um camionista "feio, porco e mau" como aqueles dos filmes americanos. Tinha o cabelo e a barba longos e loiros e tudo.

"Olhe! Eu sou o responsável por isso!...
 Desculpe lá! Não posso ir aí a baixo porque estou doente mas já telefonei ao Sr. C. para ele tratar do assunto mas, como é costume, o Sr. C. não atendeu porque, como sempre, em vez de estar no balcão da portaria a aturar vizinhos mal-educados que nem sequer o cumprimentam "pira-se" para a loja da BP aqui ao perto e fica na "brincadeira" com as meninas das caixas...

Foi quando o meu vizinho de baixo que parece um camionista "feio, porco e mau" como nos filmes americanos, cruzou os braços roliços sobre a sua enorme barriga, abriu as pernas num gesto ameaçador que nem as "havaianas" brancas disfarçavam e me disse, num tom desagradável e "cara de poucos amigos":

"Isso é o que eu vou investigar!..."
Desculpe? Respondi, já arrependido por não ter feito como todos fazem e ter assumido a minha responsabilidade.

"Sim! Vou investigar se foi sem querer ou não!"...

"Olhe. Sabe uma coisa? Eu devia era ter ficado calado!...

" E se o animal morresse? respondeu ainda mais ríspido...

"Não morreu porque eu falei com ele e, além disso essa tinta é feita com água que não mata animal nenhum!" O gajo já me estava a começar a irritar e, ainda por cima, eu tenho idade para ser pai dele...

"Isso é o que eu vou investigar!"... Voltou a rosnar...
E acrescentou: "vou investigar se a tinta é mesmo acrílica"...

Passei-me! Disse-lhe "que sim", que investigasse, que chamasse a polícia, o ministério público e a PIDE...

"A PIDE já não existe. Informou-me...

"Não?! Olhe que não parece... "Disparei", já com vontade de lá ir abaixo não fosse o risco que corria de estragar as cicatrizes que tinha...

E foi assim que fiquei a conhecer o meu vizinho de baixo mas, antes de virar as costas, ainda o informei: "Estou aqui há muito tempo e nunca tive problemas com nenhum vizinho e, "sabe que mais?":  Não volto a falar consigo porque o senhor acabou de demonstrar que é uma pessoa malformada e eu não falo com pessoas malformadas.

Passou mais de uma semana e a tinta ainda lá está junto às beatas e aos cocós do "canito" que é bem giro, por sinal, e não tem culpa nenhuma de ter de conviver com aquele "coiso"!...

Monday, May 18, 2015

PRESSÃO SOCIAL, PRESSÃO ARTERIAL, O AVC QUE SOFRI, O QUE ONTEM ACONTECEU NO MARQUÊS E AS "COISAS SEM EXPLICAÇÃO"



(18 de Dezembro de 2003)



Há coisas, como o que ontem sucedeu a meio da festa da conquista do "bi-campeonato" pelo Benfica, que parecem não ter explicação.

Fenómenos como esse não são "explicáveis". São conjecturáveis".
O AVC que sofri no dia 12.12.2003. também não teve "explicação" apesar dos inúmeros exames a que me submeti.


Tinha 39 anos, não pertencia a nenhum "grupo de "risco", não tinha problemas de tensão arterial, nada...

Foi súbito, fulminante e violento
Eu a tomar um duche, de manhã, quando aconteceu.
Caí redondo na banheira mas salvei-me "inexplicavelmente."

Depois de todos os exames a que me submeti fui reabilitar-me em Alcoitão.
Meses de reabilitação em Alcoitão.

Quando perguntei ao meu neurocirurgião: "afinal DR., porque me aconteceu isto?!", Ele disse-me que não havia explicação...
Que "o sangue tinha apagado as pistas"..."Um defeito congénito, talvez", "Algo com que nasceu e que, por algum motivo inexplicável, rebentou agora"...- como uma bomba enterrada durante anos que rebenta quando, por acaso, um "rastilho" se acende...
Disse-me outra coisa que não achei graça nenhuma: "fica com uma história para contar os seus netos!..."

Fiquei. Com vontade de o mandar à merda.
Fiquei, para a vida, com medo (o medo é sempre irracional, está no subconsciente) de ter outro inexplicável AVC, e, todos os dias, desde que sofri esse AVC, penso nisso antes de tomar duche.
Estou "com um certo medo" e estou ansioso.

Ansioso porque amanhã vou ser (outra vez) operado e anestesiado.

Com "um certo medo" porque é já amanhã e porque sei que o "inconsciente" continua a ser um enigma para a ciência. O cérebro também.

Reabilitei-me. Reabilitaram-me.
Custou, levou tempo, exigiu coragem (minha), apoio (da minha família) e cuidados (dos médicos - não do meu neurocirurgião porque não mais o vi.)

O que aconteceu ontem foi, de certo modo, como o meu AVC.
Foi súbito, fulminante e violento.
Parece não ter explicação.
Mas, tal como no caso do meu AVC, tem.
É um defeito congénito.
Houve alguém que acendeu o "rastilho"...
Algo precisa, urgentemente, de ser Reabilitado.
Algo, ou alguém precisa, urgentemente, de ser anestesiado.

A diferença é que há cada vez mais sintomas....

Gonçalo Afonso Dias,
18 De Maio de 2015

"FESTA DO TÍTULO DO BENFICA" - HÁ DOIS ANOS FOI ASSIM...

HÁ DOIS ANOS FOI ASSIM...

Há dois anos não houve "organização", não vi polícias não vi cães polícias, não vi ninguém a atirar garrafas e pedras, não vi nenhuma criança a assistir ao seu pai a ser brutalmente agredido pela polícia.


Vi uma grande festa.
O que mudou nestes dois anos?!

Cada um que retire as conclusões que quiser, ou não retire nenhumas.
Eu retirei as minhas e já temia que estas "coisas" começassem a acontecer...

"DAY AFTER"...


"FESTA DO TÍTULO" DO BENFICA NA ROTUNDA DO MARQUÊS




Assisti, durante horas, pela televisão, à "Festa do título" na Rotunda do Marquês.
Estava bonita, a festa.
Vi a alegria de centenas de milhares de adeptos do Benfica, de repente e sem se perceber o motivo, transformar-se num pesadelo provocado por poucas dezenas de pessoas.

Vi o que a televisão mostrou.

Antes, porém, vi na "net" um vídeo que se tornou "viral" onde, sem se perceber o motivo, (percebendo-se, contudo, que não há motivo nenhum) um homem é brutalmente agredido pela polícia em frente ao seu filho pequeno.

A imagem daquela criança aterrorizada não me sai da cabeça.

Vão-se, agora, multiplicar as "leituras" e as "teorias", (mais ou menos rebuscadas), para o que se passou.
"Leituras" e "teorias" maioritariamente feitas com base no que a televisão mostrou e naquilo que os comentadores comentaram.

Porém, sinto que essa "guerra", sem aparente motivo e sem explicação, nada teve a ver com futebol, com o título ou com o Benfica.

Não digo mais nada porque apenas vi o que a televisão mostrou e apenas ouvi o que os comentadores comentaram.

Mais do que triste, estou preocupado - porque sei que essa "guerra", sem aparente motivo nem explicação, nada teve a ver com futebol, com o título ou com o Benfica.

Pressinto que muitas outras "guerras" como essa irão acontecer, frequentemente, sem aparente motivo...

Sunday, May 17, 2015

BENFICAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!


BI-CAMPEÃO!!!!!


Fui casado com uma arquiteta e vivi muitos anos com outra em "União de Fato"...






AHAHAHAHAHA!!!...


Fui casado (e tenho dois filhos) com uma arquiteta!..

"gaita"... depois vivi muitos anos em "União de Fato" com outra arquiteta...
Está tudo explicado!...


Não. não está nada... gosto muito das duas arquitetas!

Bullying. Eu fui vítima de,



Bullying

Eu fui vítima de "uma espécie de "Bullying" Para pior.
no Lobito - Angola - no liceu, pouco tempo antes do 25 de Abril.
Lembro-me muito bem.

Eu e o "Riki" éramos inimigos. O pai do Riki era capitão do Porto do Lobito.
A mãe era brasileira, chamava-se Lisá, e achava que a praia em frente à sua casa era dela e não deixava os miúdos "pretos" lá passarem.

O Riki tinha a mania que era o "Tarzan" e fazia de "escravos" os miúdos "pretos" que a mãe dele não deixava passar.

Um dia "passei-me" e, no recreio, dei um "atesto" ao Riki, que até era maior do que eu, e loiro e tudo.

Não fui agredido pelo "tarzan" nem pelos amigos que ele tinha na escola.
O Riky fugiu para uma geladaria ali ao pé que era de um senhor chamado C........ que ganhava a vida a vender barbatanas de tubarão e a traficar diamantes que transportava num maço de cigarros - tinha o terraço da casa (cor-de-rosa) dele cheio de barbatanas de tubarão. Os diamantes não. Deviam estar noutro lado.

Na gelataria "Veneza" o Riki telefonou aos papás a fazer "queixinhas".

Os papás foram de carro à escola onde eu e o Riki "lutávamos",
Agarraram-me e encostaram-me a um poste de iluminação. Deram-me a maior sova da minha vida, a seguir àquela levei da Guárdia Civil de Pontevedra em 2005.

A directora do liceu chamou a minha mãe porque eu estava todo "mijado" e a chorar muito por causa da pancada que levei.

A minha mãe (que tem 81 anos e lembra-se disso melhor do que eu) ainda pôs um processo aos pais do Riki (os Monteiro), que não chegou a nada porque, entretanto, deu-se o 25 de Abril e eles piraram-se para o Brasil.

Parece mentira mas não é.
Também não é "brincadeira".

Esta história passou-se há mais de 40 anos.
Hoje passam-se histórias como esta e outras muito mais macabras.

De repente, dois casos de violência com crianças e adolescentes "entram-nos pela casa dentro" e chocam-nos. muito.
O primeiro, o daquele menino que foi agredido pelas raparigas, parece-me uma "história mal contada"... Uma encenação para o Youtube, arrisco...
Vi aquelas imagens "mil vezes" e não é minimamente credível que um puto que está a levar estaladas "à fartazana" não faça qualquer movimento instintivo de protecção...

Reparem bem.

E "não pega" a teoria de que ele estava "paralisado" pelo medo. Qualquer puto teria, no mínimo, fugido. Eu não fugi dos pais do Riki porque fui agarrado.
E a gravação, mais a queixa do puto, aparecem agora?! Tanto tempo depois do episódio da alegada agressão?

O outro caso, o do rapaz que matou o amigo, ainda é mais assustador. Por todos os motivos - o miúdo foi assassinado barbaramente, segundo dizem e eu acredito.

Para mim ainda foi mais chocante e assustador o que a mãe disse do filho que matou o amigo de 14 anos. Como é possível?!... Também as mães já o deixaram de ser? Ou estará no seu comportamento uma das explicações para o que o Daniel fez?!

Esqueci-me de contar que, muitos anos depois, já eu andava na faculdade, reconheci o pai do Riki no comboio, da linha de Cascais. Fui ter com ele e perguntei-lhe se se lembrava de mim...
Não se lembrava. Lembrei-o... O "Capitão Monteiro" estava velho, ficou "verde" e encolheu-se no banco onde estava sentado. Não fiz o que tanto me apeteceu... mas disse-lhe que não o iria fazer (embora ele merecesse) porque ele estava velho e não se podia defender. E que eu não batia em velhos que não se podiam defender.

Ainda hoje, passados mais "não sei quantos"anos do dia em que reconheci o pai do Riki no comboio, sinto, que se o voltar a ver vou ter, outra vez, de "morder as mãos" para não bater num velho filho da puta...

Está tudo louco.
Eu também, mas trato-me.

Pois é!...Digo "mal" de tudo...



"Pois é!!!...
Reparei agora com a cena das "coisas bem-dispostas"...
É. Não digo bem de nada...
Só digo mal. De tudo...
Deixa lá ver uma coisa para eu poder "dizer" bem... hummm...............
hummm.... Ah! já sei!
Vou dizer bem de ainda poder dizer mal de tudo!
Pois. Por este "apressado" andar para trás, para os tempos do "coiso" que morreu depois de ter caído de uma cadeira (cada um tem a morte que merece...) em breve já nem mal poderei dizer. Poderei. Na cadeia...


Ah! outra coisa para dizer bem! Não. não posso. Ainda não aconteceu apesar de a "Nação Benfiquista" querer muito e eu também... Digo mais logo, ok?"



(GAD)

"FUMAR (TAMBÉM) MATA" - WORK IN PROGRESS... ("memória descritiva")




"Fumar (também) mata" - work in Progress. Gonçalo Afonso Dias, 05/2015

Esta "peça", "instalação", "coisa", (o que quiserem), vai ter imagens chocantes que lhe conferirão um carácter de "Manifesto".
Decidi que essas imagens teriam de ser obscenas, embora nunca consiga imagens tão "pornográficas" como aquelas que o Governo propõe.
Por outro lado, acho que as imagens, sejam elas quais forem, devem contar "histórias" e não impor uma moral bacoca e hipócrita ditada pelos verdadeiros "DDT's"  - a União Europeia.
Por isso e por achar também que, no conjunto, as fotografias devem ser didácticas e devem criar uma narrativa dediquei-me, recentemente, a estudar a etimologia das coisas relacionadas com o "fumar", com o "anti-tabagismo", a marca Marlboro (que fiquei a saber que foi criada para as mulheres, contrariamente à ideia do "Cowboy" (que surgiu muito mais tarde), a pornografia, etc.

Resumindo: a "coisa" que estou a fazer e que vai ser do meu tamanho terá uma a componente didáctica. Como devia ser.
Qualquer pessoa de sofrível inteligência, sabe que "fumar mata".
Qualquer fumador sabe que pode estar a matar-se devagarinho. Daí a expressão "mais um prego para o caixão".

No entanto, a História (os mentecaptos como o senhor Passos Coelhos não gostam dela com "H" - só com "h" e de preferência com desenhos...) já demonstrou amplamente os efeitos dos fanatismos, das "proibições" e das ditaduras...

É claro também, para todos (menos para os mentecaptos como o senhor Passos), que a solução para estes problemas não se limita a somar 1+1. É muito complexa, envolve prevenção, educação, sensibilidade, conhecimento e trabalho. Muito trabalho. Que é outra coisa que horroriza os mentecaptos da "tribo" do senhor Passos.

Aquilo que vão fazer com a porcaria dos pacotes de cigarros é muito semelhante àquilo que estão a fazer com os recentes casos de Buyling - torná-los "virais", virulentos e obrigar as pessoas a verem imagens chocantes a todas as horas e a todos os momentos.
E aí, já nem disfarçam... Já não se preocupam com o que a visualização dessas imagens brutais pode fazer a uma criança à hora do jantar.

Hipócritas de merda!
Disse.

Gonçalo Afonso Dias
17 de Maio de 2015

Friday, May 15, 2015

A propósito do Bullying, do rapaz que foi agredido na Figueira da Foz, do vídeo que se tornou "viral", dos média e da nossa Sociedade (2)




Até sempre B.B. King!



A propósito do Bullying, do rapaz que foi agredido na Figueira da Foz, do vídeo que se tornou "viral", dos média e da nossa Sociedade

A primeira coisa que hoje vi no "face", quando, pela manhã, liguei o computador foi esta imagem:



Os olhos foram "desfocados" por mim porque, apesar da imagem também, aparentemente, já se ter tornado "viral, com múltiplas "partilhas" e "apelos" à partilha, me recuso, por Princípios, a alinhar em actos ou prácticas que considero "medievais"...

Transcrevo o comentário que deixei a um grande amigo que o fez (partilhou a imagem original - com olhos), pois esse comentário resume o que penso acerca deste assunto:

(...) Caro amigo,

Pela grande amizade e pelo respeito que tenho por si, consolidados em tantos anos de conhecimento, quero dizer-lhe que "não gosto" disto.

A "culpa" parece-me, neste caso tão mediatizado, algo difícil de definir.
São adolescentes e praticaram um acto a todos os títulos condenável. Abominável.
A vítima dificilmente será "o mesmo", depois disto.

É certo. Não "há volta a dar"...
Contudo, tenho visto com acrescido desgosto, o vídeo da agressão (que se tornou "viral") a passar, nos horários mais concorridos, nos vários canais de Tv.
Como sempre, o mal "vende muito"...

Mas, caro amigo, a culpa será delas? Alguém já nos disse como é ou como foi as suas vidas, as suas infâncias.
Se os pais estão no desemprego? Se os amigos estão "na rua"?
Alguém já contou como vivem as suas famílias? Que eventuais traumas viveram (ou vivem) essas raparigas? 


Já o escrevi e repito a minha convicção: A sociedade está doente, muito doente, e uma sociedade em declínio, em decadência, gera todo o tipo de consequências aberrantes...

Estas jovens não devem, quanto a mim, continuar a ser castigadas, "apedrejadas" em público como na Idade Média - devem, isso sim, ser tratadas. Ouvidas e tratadas.
Um grande abraço.(...)

E, já agora, a resposta que dei a um amigo desse meu amigo (que não concordava também) mas manifestou o "não saber o que se fazer" nestes casos:


(...) Pois é C.. Parece-me, contudo, mais importante a pergunta: o que não se deve fazer? (...)

(...) Obrigado C. e desculpe-me o meu amigo G.. se estou a abusar do seu espaço. Não é preciso "recuar" a Freud para saber que, sobretudo a infância, é decisiva para a formação da personalidade da Pessoa. O Ego, o Inconsciente, a auto-estima.


Gonçalo Afonso Dias,
15 de Maio de 2015

Ironias sobre a dor #06



GAD, 2008/2015 (14X9cm)

Thursday, May 14, 2015

PROMESSAS, PROMESSAS, PROMESSAS... , CONVERSA, CONVERSA, CONVERSA... - DEDICADA A ANTÓNIO COSTA...


CUIDADO COM AS FRAUDES ATRAVÉS DO OLX!






Recentemente coloquei um anúncio no OLX. 
Venda de um determinado equipamento (composto por duas peças) no valor total de 1350€.

Entre várias propostas miseráveis que recebi e as muitas perguntas que não tive pachorra de responder, chegou-me uma oferta aparentemente generosa: "1330" dizia. Mais nada...

Nome: Marques

E-mail: s.marques79@outlook.com

Telefone:

Comentário:

1330


Porque não acredito em milagres e "quando a esmola é grande o pobre desconfia..." respondi:

"Caro amigo. É sempre tão telegráfico?

E porque me faz uma proposta de 1330? Compreenderia se fizesse de 1100 ou de 1200...

Devo dizer-lhe honestamente que não tenho “jeito” para vender nada...

Peço-lhe, se realmente estiver interessado, que me envie uma proposta formal:

Valor em Euros;

Forma de Pagamento;

Data da transacção.

Espero a sua proposta até às 18:00h pois tenho outra com previsão de conclusão para amanhã.

Cumprimentos,

Gonçalo"


A resposta por e-mail da putativa (não é um insulto...) interessada -  "Sandra Marques" vinha num português manhoso, obtido através de um qualquer tradutor on-line... :


"Olá ,

Obrigado novamente por seu e-mail, eu quero que você me ajudar a eliminar do listadas anúncio amor do eu sozinho e certifique-se de que você o pacote com o meu aqui o endereço para envio. Porque eu encaminhará a sua informação bancária para o meu banco para a transferência, por favor avise-me quando chegar transferência de confirmação do meu banco, o Capital de Um Banco de Clientes cuidados."

Aqui é o meu endereço de entrega:

Name: Mr I Seum

Address: 42 Bentham court ecclebourne rd

Postal Code: N1 3DE

State: London

Country: United Kingdom.

I await for your mail.

Thanks.



Continuei...: 

Sandra Marques (?)

Tanto quanto percebi vive em Londres e não domina a língua portuguesa.

Compreendo agora o seu modo “telegráfico de responder”.

Faço-lhe a seguinte proposta:

Se estiver de acordo faz-me uma transferência de 650€ hoje e o restante quando receber o equipamento. Ponho amanhã na DHL, se assim for.

Sei que não me conhece, como eu não a conheço e que pode considerar um risco.

Porém, eu sou uma pessoa idónea. Pode confirmar na net pesquisando pelo meu nome (Gonçalo Afonso Dias). Nunca arriscaria a reputação e os princípios que tenho.

Aguardo a sua resposta,

Cumprimentos,

Gonçalo"


Respondeu logo:

"Oi, Obrigado pelo seu e-mail, estou feliz de ler de você. Quero que volte para mim, com o custo de seu item + custo de transporte completamente para Londres por DHL EXPRESS 2days da entrega. Também volte para mim com seus dados bancários, indicados para a sua transferência de pagamento:"

Nome do banco:

Nome do titular da conta:

IBAN:

Código Swift:

Nome do artigo:

Quantidade por completo:

Número de telefone:

Por favor me ajude a eliminar do anúncio listado olx.o pt por causa de mim sozinho.


Já certo de que se tratava de um "esquema" deixei a conversa correr...

Dei-lhe os dados "que se podem dar" e disse-lhe que mandava uma parte do equipamento depois de receber o comprovativo da transferência de metade do valor...

O tal ou a tal não demorou a responder:

"Olá , Obrigado novamente por seu e-mail, eu quero que você me ajudar a eliminar do listadas anúncio amor do eu sozinho e certifique-se de que você o pacote com o meu aqui o endereço para envio. Porque eu encaminhará a sua informação bancária para o meu banco para a transferência, por favor avise-me quando chegar transferência de confirmação do meu banco, o Capital de Um Banco de Clientes cuidados."


Decidi que "já chegava" e acabei com a brincadeira:


" Boa noite.

Já estava desconfiado das suas intenções.

Agora tenho a certeza.

Não me volte a incomodar porque eu vou denunciá-lo às autoridades."


E,... desapareceu!

Não fiz queixa de coisa nenhuma porque sempre que me queixo ainda tenho de pagar mas achei que devia avisar os incautos e/ou solitários para que tivessem cuidado com as "Sandras Marques" deste mundo...

Cada um que retire as ilações que entender. Eu retirei as minhas...

Gonçalo Afonso Dias,
13 de Outubro de 2015

Tuesday, May 12, 2015

F E L I C I D A D E




Com 6 anos tinha este ideal de "felicidade".

Hoje, 44 anos depois, continuo a ter...

"O Diabo sou Eu"




"O Diabo sou Eu"
Gonçalo Afonso Dias, 2005
Pastel de óleo sobre tela (100x70cm)

Monday, May 11, 2015

A Nova Lei do Tabaco (1)





A Nova Lei do Tabaco (1)

Entre duas baforadas no charuto “Cohiba Benike”, uma “coçadela nos tomates” e um sonoro arroto provocado pelos gases da “Armagnac” que tomara depois do farto almoço, o senhor deputado levou a sua gigantesca barriga branca e peluda até ao gabinete onde se masturba a ver filmes pornográficos e, num gesto pouco habitual, pegou na “Bic laranja” e deitou “mãos à obra: “que se cumpra a Directiva Europeia para a Lei do Tabaco”.


Entediado, deu uma vista de olhos nos papéis que a sua assessora (que se deixa comer por ele em “part-time” - porque a vida não está fácil nem para as assessoras...) e assinou “de Cruz”. “Está feito! Exclamou enquanto a assessora ajeitava o cabelo pintado de um louro escandalosamente falso e calçava os sapatos de salto alto “Carolina Herrera” que não lhe disfarçam os salientes joanetes.
Estava cumprido mais um dia de “árduo trabalho” no parlamento... Lá fora, esperava-o o BMW preto, topo de gama (claro...), e o infeliz motorista que de tudo sabia, até porque se deitava bastas vezes com a ainda mais infeliz mulher do “patrão”...


Estava feita a Lei do Tabaco que vai obrigar (a partir de 1 de Janeiro de 2018) os fumadores a passearem com os pacotes do seu vício "decorados" com imagens ainda mais medonhas ainda do que as da "tromba" do patrão, do patrão do patrão e do "vice do patrão"...


Entenda-se que acho muito bem que cada um se masturbe como e quando quer desde que a "fonte de inspiração" tenha mais de 18 anos de idade...
Também acho muito bem que se alerte (como se fosse preciso) para os riscos para a saúde que fumar implica.

Do mesmo modo (porque a austeridade e a hipocrisia estão a matar tanto ou mais do que o tabaco...) penso que igual procedimento (a colagem de imagens horrorosas) devia ser adoptado em todas as facturas, sobretudo nas "continhas" que o fisco nos dá.

Para acabar em grande: Badamerda para esses filhos de uma grande p... (tinha escrito a palavra toda mas achei melhor "simplificar" não fosse o "lápis azul" estragar-me a brincadeira), mentirosos compulsivos e mentecaptos de fato e gravata com a bandeira desta merda de país na lapela!

(nota: as imagens são da responsabilidade do governo - eu só as copiei...)

O lado mais Cruel que a vida tem




... contudo, um sorriso...

Fotografia: Gonçalo Afonso Dias, Rans, Viseu, 2009

SOLISTÊNCIA




Eu estou só.
O gato está só.
As árvores estão sós.
Mas não o só da solidão: o só da solistência.

(João Guimarães Rosa)

Fotografia: Gonçalo Afonso Dias, Oeiras, 2009

Sunday, May 10, 2015

MARIA TERESA HORTA "MANDA À FAVA" PASSOS COELHO...






"SER" não pode ser uma moda-
Efémera e circunstancial...
Por isso eu também sou MARIA!...



O Governo e a Oposição


(...) Foram "eles" que me disseram... e são eles que todos os dias fazem questão de nos mostrar que são infinitamente mais burros que "eles"!... (...)


Fotografia : Gonçalo Afonso Dias, Mafra, 2008

Saturday, May 09, 2015

CÃO RAIVOSO



CÃO RAIVOSO (1)






Cão Raivoso
Mais vale ser um cão raivoso
do que um carneiro
a dizer que sim ao pastor
o dia inteiro
e a dar-lhe de lã e da carne e da vida
e do traseiro
mais vale ser diferente do carneiro
um cão raivoso que sabe onde ferra
olhos atentos e patas na terra.

Viva o cão raivoso
tem o pelo eriçado
seu dente é guloso
e o seu faro ajustado
Cão raivoso, cão raivoso, cuidado.

Mais vale ser um cão raivoso
que um caranguejo
que avança e recua e depois
solta um bocejo
e que quando fala só se houve a garganta
no gargarejo
mais vale não ser como o caranguejo
um cão raivoso que sabe onde ferra
olhos atentos e patas na terra.

Viva o cão raivoso
tem o pelo eriçado
seu dente é guloso
e o seu faro ajustado
Cão raivoso, cão raivoso, cuidado.

Mais vale ser um cão raivoso
que uma sardinha
metida, entalada na lata
educadinha
pronta a ser comida, engolida, digerida
e cagadinha
Mais vale ser diferente da sardinha
um cão raivoso que sabe onde ferra
ferra fascistas e chama-lhe um figo
olhos atentos e patas na terra.

Viva o cão raivoso
tem o pelo eriçado
seu dente é guloso
e o seu faro ajustado
Cão raivoso, cão raivoso, cuidado.

Mais vale ser um cão raivoso
dentes à mostra
estar sempre pronto a morder
e a dar resposta
a toda e qualquer podridão escondida
dentro da crosta
dentro da crosta das belas ideias
gato escondido de rabo de fora
dentro da crosta das belas ideias
gato escondido de rabo de fora.

(Sérgio Godinho, 1974)

Desenho: Gonçalo Afonso Dias, 09 Maio 2015
Técnica mista sobre papel (20x15cm)

Discriminação na Wikipédia



D I S C R I M I N A Ç Ã O

Abomino-a.



Pelos vistos a Wikipédia não. Ao clicar nesta fotografia do José Castelo Branco li isto...



Friday, May 08, 2015

O País nº 127 a visitar o "Artes e Ofícios" - O país "Unknown"...









À medida que este blogue vai "envelhecendo" mais raras são os "Novos Países" a visitá-lo e consequentemente as "novas bandeiras" a abrilhantar o "flagscounter".




Por isso, nos últimos tempos, sempre que isso acontece dou-lhe um merecido destaque.


Não sei o nome dos 195 ou 196  países que "dizem" que o Mundo tem. Este, o "Unknown" não conheço de todo... 



Achava que era Portugal...



Desenho: Gonçalo Afonso Dias